quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Resenha: Solitária - de Alexander Gordon Smith

Solitária
Fuga de Furnace - Livro 2
Alexander Gordon Smith
Editora Benvirá


Sinopse: Quando mandaram a Sala Dois pelos ares, Alex, Zê, Gary e Toby acreditaram ter alcançado a tão sonhada liberdade. Porém, o que parecia um sonho acabou se transformando em um de seus piores pesadelos. A explosão os jogou nas profundezas de Furnace. Nada de ar puro, apenas escuridão e labirintos de pedra. Com os guardas e o diretor da prisão em seu encalço, os garotos sabem que é uma questão de tempo até voltarem para a cela. O verdadeiro horror de Furnace só está começando. Recapturados, eles agora precisam encarar a solitária - nada mais que um buraco no solo com apenas uma porta, trancada pelo lado de fora e vigiada pelos ternos-pretos e pelos temidos Ofegantes. Seu destino? Serem devorados pelos ratos que povoam as entranhas de Furnace, enlouquecer dentro da cela úmida ou... tentar escapar novamente.

Resenha

Sob o céu está o inferno.
Sob inferno, a penitenciária de Furnace.

No final do primeiro livro Alex enfim consegue realizar a sua fuga. Mas será que ele realmente fugiu?
Nesse livro as coisas já começam na correria. Após a explosão e queda no rio, Alex se vê um lugar abaixo de Furnace sendo perseguido pelos cães. A escuridão nesse novo lugar é absoluta e ao que parece não existe saída.
Em pouco tempo Alex começa a perceber que afinal de contas talvez a penitenciária não fosse tão ruim. Sem dúvidas é melhor do que um conjunto de túneis escuros, barulhos sinistros e da falta de esperança do labirinto em que eles se enfiaram. Se o Furnace está abaixo do inferno, o que estaria abaixo de Furnace?

Não sabíamos aonde ele daria. Tampouco nos importava. Qualquer lugar que não fosse Furnace estaria ótimo para nós.
Pelo menos, pensávamos assim.
(…)
Morreria ali, eu sabia disso. E de repente aquela situação não parecia mais preferível à vida em Furnace.

Mesmo assim Alex tenta se esforçar ao máximo para conseguir encontrar uma saída daquele pesadelo, tentando manter em mente a possibilidade de ver a luz do sol novamente. Mas isso não vai ser fácil, porque ao que parece eles não são os únicos naquela escuridão. 

Eis, porém, um fato engraçado sobre a dor: quanto mais familiar ela se torna, mais fácil ignorá-la.
(…)
Era verdade. O diretor da prisão podia ter nos trancafiado em Furnace, mas fui eu que providenciei nossa execução. Porque aquilo não era de modo algum uma saída. Era uma tumba.

Porém, por sorte ou não, sua fuga não dura muito tempo. Sua captura foi inevitável.
E agora Alex terá de enfrentar um novo nível do pesadelo: a solitária. O buraco. O pesadelo do qual Donavan o havia alertado. Onde depois que se entra, há poucas chances de sobrevivência. E acaba que ele e Zê vão parar lá, com poucas possibilidades de realmente sobreviver. Será que eles conseguirão passar por mais essa provação? E será que eles realmente estão sozinhos? Pois ao que parece o mundo no subterrâneo vai muito além de Furnace. E os horizontes deles acabam se expandindo quando começam a descobrir que existem mais segredos ali embaixo do que eles poderiam imaginar. E existem muito mais habitantes também. Uma guerra está acontecendo, e agora Alex terá de tomar uma posição e criar um novo plano de fuga.

A mente humana é algo poderoso em algumas ocasiões, porém, em outras, é de uma fragilidade infinita - basta um único momento de genuíno terror para abrir nela um vácuo, como sempre apenas uma sombra, um espectro da pessoa que foi antes.

O livro mais uma vez já começa em um ritmo alucinante. A fuga está em pleno andamento e o mundo no subterrâneo se expandindo. Segredos começam a ser revelados e outras perguntas surgirão. A narrativa continua sendo empolgante, não te deixando parar enquanto não terminar o livro. A receita do livro é simplesmente perfeita. E como não poderia deixar de ser, o final desse livro também te leva ao desespero de ler o próximo.
Sendo assim, ele seguirá o anterior na minha lista de favoritos e já começo a entrar em pânico por ter somente mais um livro traduzido para ler. É hora de começar aumentar a pressão sobre a Benvirá, eu necessito de mais livros!
Recomendo mais esse livro sem restrições! Boa leitura!

Porque sozinho, no silêncio da escuridão impenetrável, sabia que meus pensamentos me enlouqueceriam. Minha própria mente me mataria.

Classificação


Sobre o autor

Nascido em 1979, em Norwich, Inglaterra, Alexander Gordon Smith sempre quis ser escritor. Estudou Inglês e Literatura Americana na Universidade de East Anglia, e foi ali que começou a escrever. Junto com o poeta Lucas Wright, fundou a Publishing Egg Box, uma revista para promoção de novos autores.









8 comentários:

  1. Caramba, fantástico livro!
    Aprecio livros com rimo agitado desde o inicio, pois como você mesma disse, nos prende.
    Vou caçar ele na internet.
    Vlw pela ótima resenha.
    Kelvin

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  2. querida Patrícia, precisei ir pulando sua resenha, afinal de contas, após a resenha do primeiro livro fiquei interessadíssimo na saga. agora você dá 5 estrelas para o segundo livro. que loucura, meu desejo de ler só aumenta. você é mesmo uma bruxinha. ótima dica!!!

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    1. Isso mesmo, não leia essa resenha inteira! Leia o primeiro livro porque tenho certeza que você irá amar!
      Bjs.

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  3. Oi!
    Não conhecia a série e achei muito interessante.É o tipo de livro que prende a gente pela capa e vocês blogueiros nos prende pela resenha. :D
    Gostei da dica.
    L

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    1. É engraçado você falar isso, porque li esse livro para o desafio do clube do livro, em que deveria ler um livro que julguei pela capa.
      bjs.

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  4. Já peguei o embalo da resenha. rs
    Percebi que tem muita ação e isso é bom.
    A capa, apesar de diferente, ela joga com a curiosidade. Gostei disso também!
    Bela resenha. =D

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    1. Ah essas capas que nos prendem. Mas não é só a capa, o livro também te prende.
      É sempre bom encontrar um livro que amamos.
      Bjs e obrigada.

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Bjão
Equipe Cia do Leitor