sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Resenha - Bruxos e Bruxas - de James Patterson

Bruxos e Bruxas
James Patterson
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288

Sinopse: É como entrar em um pesadelo. Do nada, você é retirado de sua casa, preso, e acusado de bruxaria. Parece século 17, mas é o governo da Nova Ordem, e está acontecendo agora!

Sob a ideologia da Nova Ordem, O Único Que É O Único mantém seu poder à força, sem música, nem internet, nem livros, arte ou beleza. E ter menos de 18 anos já é motivo suficiente para que você seja suspeito de conspiração.

Os irmãos Allgood estão encarcerados nesse pesadelo e, para escapar desse mundo de opressão e medo, terão que contar um com o outro e aprender a usar a magia.

Do autor best-seller James Patterson, Bruxos e Bruxas é uma saga para se ler... antes que seja tarde.




Resenha:

Wist e Whit Allgood (qualquer semelhança com a palavra “witch” NÃO é mera coincidência) são dois adolescentes irmãos americanos normais. Isso é, normais até o momento em que acordam com a polícia invadindo sua casa no meio da noite e levando os dois à força sob acusação de prática de bruxaria, o que, de uma hora pra outra, parece ter se tornado um crime punível com a morte.

Acontece que a Nova Ordem, um movimento político tirano governado pelo Único Que É o Único, subiu ao poder e, sabendo de uma antiga profecia de que nasceriam crianças especiais, resolve promover uma nova Inquisição e prender todas as possíveis ameaças: todas as crianças que tiverem manifestado algum tipo de magia.

No entanto, nenhum dos dois jovens faz a mínima noção do que esses acusadores estão falando, pelo menos não até Wist se transformar em uma labareda humana e sair ilesa dessa experiência.

Os irmãos Allgood acabam sendo presos e torturados numa prisão especial para bruxos durante um bom tempo. Seus pais estão desaparecidos, talvez mortos, e os meninos vão ter que aprender a despertar e controlar seus poderes para escapar deste inferno e procurá-los, porém o mundo lá fora não é mais o mesmo que era antes.

Muita ação e aventura esperam por quem decidir se aventurar com os irmãos Allgood pelos mundos misteriosos e cheios de magia e perigos de “Bruxas e Bruxos”.

Análise:

Esse foi o primeiro livro do James Patterson que eu li e, para ser sincero, não entendi bem toda essa comoção em torno do escritor. Mas, só posso falar por esse livro então, vamos lá.

A capa do livro é linda, a respeito disso não há o que discutir. Um grande “B” em chamas com o rosto dos irmãos e grandes letras douradas e em alto relevo ao redor sobre um fundo preto. Uma combinação perfeita.

A leitura do livro é extremamente rápida. A fonte utilizada é de um tamanho maior um pouquinho, o espacejamento entre linhas também é maior que o normal, assim como o espacejamento das margens, se somarmos isso ao fato de que o livro é impresso em folhas mais grossinhas e dividido em muitos capítulos de, em média, duas páginas cada, temos um livro que na verdade é uma história bem curta, mas preenchida por tantos espaços em branco que dá a impressão na sua mão de ser um livro encorpado. Essa técnica é conhecida e muito utilizada pela empresa que faz a batata Ruffles. Não que ela seja ruim, o livro tbm não é... Na verdade até funciona melhor para estimular a leitura para crianças e jovens que achariam chatas escritas mais trabalhadas. Mas para leitores mais exigentes está claro o quanto de espaço inútil está ali pra nada além de esticar o número de páginas.

Como já dito o público alvo do livro é mesmo crianças e adolescentes, a linguagem utilizada é bem simples e as atitudes dos personagens são bastante improváveis. Essa história não conseguiu me transmitir verdade. Ninguém leva uma chicotada, cai no chão e levanta fazendo uma piadinha irônica a respeito disso pra apanhar mais (talvez num livro da Erika Leonard James). A quantidade de comentários irônicos e sem finalidade diante de perigos extremos ou torturas demonstra que os personagens não estão sentindo na pele a dor de que falam. Tudo parece leve e distante.

A bruxaria tratada no livro é mais parecido com a manifestação dos poderes mutantes em x-man. Muita coisa de como esses poderes se manifestam e qual o limite deles não fica clara nesse primeiro volume, mas, aparentemente, tudo é possível.

As partes de ação foram bem construídas, estava claro também o objetivo do autor de que virasse um filme (o que deu certo, já que vai mesmo ganhar as telonas). O livro não soa como livro e sim como um roteiro. Isso porque muito mesmo durante a leitura fica a cargo da imaginação do leitor. As coisas, movimentos e cenários não são bem descritos ou detalhados. O leitor tem que criar muita coisa por ele mesmo.

Outra coisa que não entendi foi o porquê dos policiais que enfrentaram os irmãos terem simplesmente apanhado algumas vezes. Uma bala de borracha pararia qualquer um deles, já que são vulneráveis. Mas ao que parece eles preferem enfrentar os bruxos super poderosos com cassetetes. Vai entender...!

Pela análise mais crítica até parece que eu não gostei do livro, mas na verdade eu gostei bastante, mas acho realmente que todos os pontos que percebi precisavam ser falados. A única coisa que não gostei mesmo foi a quebra de cenas em capítulos. Às vezes estava acontecendo uma cena sob o ponto de vista do Whit, por exemplo, e terminava um capítulo. Eu esperava que o próximo capítulo traria um ponto de vista diferente ou outra cena, mas não, o próximo capítulo era a continuação da exata mesma cena... Não entendi o porquê da quebra (além da já falada técnica Ruffles). Maaas, em breve vou comprar a continuação. É, sem dúvidas, um ótimo presente para crianças e jovens adolescentes, para quem indico essa leitura.


6 comentários:

  1. existe um autor que gosto muito, Dean R. Koontz, e que escreve litros de livro como James Patterson. uma vez entrevistado, respondeu a uma pergunta sobre a qualidade de seus livros: "existem livros que servem apenas como passagem para uma obra de sucesso". pensei comigo, eles precisam ser escritos, pedem pra isso, mas não têm lá tanta qualidade. então o autor escreve um sucesso, depois dois livros de somenos importância, depois novo sucesso e assim sucessivamente, não necessariamente nessa ordem. não li este livro, mas pelos acalorados debates em torno do mesmo, acredito ser esta uma obra menor, algo pra se passar o tempo, mas inconsistente. achei a capa belíssima, mas não arriscaria lê-lo.

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  2. Olá Piter,
    Já ouvi falar muito do livro, porém ainda não o li. Acho que tem um bom marketing e por isso esse fenômeno de vendas. Gostei da resenha, bem sincera.
    Forte abraço!

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  3. A História realmente nos prende e acho a leitura super fácil com capítulos curtos. Muitas coisas ficam sem entender mas é uma aventura e tanto e pode ser para adolescentes, mas me agradou muito. Gostei da sua resenha.

    Abraços


    Saleta de Leitura

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  4. Embora não tenha sido uma resenha 100% positiva, vale lembrar que gosto não se discute, gostei da sinceridade, a capa é realmente atraente., mas, irei ler para matar minha curiosidade.
    Vlw

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  5. A capa é enigmática, a sinopse me prendeu, sua resenha foi sincera e me deixou mais curiosa. Acho que devemos dar uma chance ao Patterson, certo?

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  6. Poucos meses a trás comprei a coleção, ainda não tive a oportunidade de lê-los. Pela sua resenha não sei ao certo se irei gostar, mas a curiosidade disso aumentou.
    Acho a capas deles lindas *-*

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Bjão
Equipe Cia do Leitor