quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

RESENHA: Guerreiros da esperança de Andrea Hirata

Meus amigos, acuso cortesmente a Editora Arqueiro por publicar livro tão maravilhoso e a autora Andrea Hirata por criar uma obra que despertou fundo em meu coração.

Guerreiros da esperança
Autora: Andrea Hirata
Editora: Arqueiro
N de páginas: 280
Gênero: Ficção indonésia
Cor das páginas: amareladas
ISBN: 978-85-8041-067-9

Sinopse: Eu sempre ouvia dizer que as crianças reclamavam de ter que ir á aula. Nunca entendi aquilo, porque, apesar da aparência miserável de nossa escola, nos apaixonamos por ela no primeiro dia. Bu Mus e Pak Harfan fizeram, com que amássemos o conhecimento. Quando a aula acabava, reclamávamos de ter que ir embora. Quando nos davam dez deveres de casa, pedíamos vinte. Quando chegava o domingo, nosso dia de folga, mal conseguíamos esperar pela segunda-feira.
A ilha de Belitung, na Indonésia, é riquíssima em recursos naturais, mas abriga contrastes sociais gigantes: de um lado, a grande empresa de extração de estanho, com suas modernas instalações e seus ricos executivos; de outro, o povo nativo, que vive numa miséria indescritível.
É nesse cenário que a jovem professora Bu Mus e o diretor Pak Harfan tentam garantir a seus dez alunos o direito inalienável á educação. Eles têm que lutar contra as mais diversas dificuldades, como o estado decrépito do casebre em que as aulas acontecem, as constantes ameaças do superintendente escolar e gigantescas escavadeiras, prontas para explorar o solo em seu terreno.
Porém, o maior de todos os desafios é insuflar naquelas crianças a dignidade e a autoconfiança. E nisso os professores são bem-sucedidos. Juntos, seus alunos aprendem o valor dos amigos, conseguem descobrir o que há de melhor em cada um e conquistam feitos inéditos para sua pequena escola de aldeia.
Com mais de 5 milhões de exemplares vendidos, Guerreiros da esperança se tornou o maior fenômeno editorial de todos os tempos na Indonésia. Em seu livro de estréia, Andrea Hirata no leva numa comovente viagem pela beleza das amizades de infância, pela pureza do primeiro amor e pelo poder de superação que só o exemplo e a educação são capazes de oferecer.

Resenha

Boa parte da comovente história dos Guerreiros da esperança se passa na Escola de ensino fundamental MUHAMMADYAH a mais antiga de Belitung na Indonésia. Tendo como professores para todas as disciplinas Bu Mus e Pak Harfan que amavam seus alunos e tinha cada criança como metade de sua alma. Porém, estes dois admiráveis professores não só ensinavam matérias escolares como: matemática, física, religião... Eles ensinavam o valor da amizade, o valor de cada um e acima de tudo, eles mostraram e ensinaram aos alunos a ter dignidade e auto confiança.

Cada aluno, Trapani, Kucai, Sahara, Syahdan, Harun, Lintang, Mahar, Birek, A kiong, Ikal e mais tarde Flo, eram crianças de pobreza extrema, menos Flo, que era rica. Apesar de viverem em cima de tesouros incontáveis, juntos enfrentavam dificuldades, sofriam com seus pais e por suas famílias, não tinham acesso á livros caros, não tinham as melhores roupas, nem a melhor escola, que aliás, mais lembrava uma barraca, mas, no alto da árvore filicium todos os 11 amigos formavam o grupo Laskar Pelangi ( guerreiros do arco-íris) e apesar de todas as dificuldades, eles eram felizes, brincavam juntos, e riam juntos.
Graças ao amor e dedicação em lecionar de Bu Mus e Pak Harfan e a genialidade natural de Litang e Mahar foi possível á estas crianças sem esperança, sonhar com um futuro diferente daquele que já estavam predestinados, e enfrentarem de cabeça erguida todas as dificuldades que estariam por vir.

Quando vi na capa que este exemplar vendeu mais de 5 milhões de cópias e rendeu até um filme The Rainbow Troops e que foi aclamado como o melhor filme, me senti intimidada, talvez eu não conseguisse expressar o que era esperado de mim, primeiro marquei tudo o que achei mais legal, o que eu mais gostei, mas logo parei, porque eu estava marcando todo o livro, daí pensei melhor e decidi escrever o que senti em relação á leitura...

"Talvez fosse melhor eu simplesmente voltar para casa esquecer a escola, e seguir os passos de alguns dos meus irmãos e primos mais velhos, que se tornaram faz-tudo..."

Com apenas oito paginas, me emocionei e senti lágrimas encherem meus olhos quando li estre trecho no qual Ikal uma criança pobre, pensa em desistir de seu sonho. E a décima primeira página me vi rindo quando a mãe do Harum disse:

"- E, mais importante, é melhor ele frequentar esta escola do que ficar em casa, onde vive perseguindo minhas galinhas."

Se em apenas onze páginas esta história me deu vontade de chorar e de sorrir, imagina o que em suas 280 páginas fariam...
Confesso que histórias tristes, não são o meu forte, e este livro é todo de histórias tristes, mas histórias tristemente lindas, aventuras, misticismo, alegrias, humildade, dignidade e outros sentimentos que só saberão quem tiver a oportunidade de ler esta extraordinária obra.

"- Três dragas estão apontadas para esta escola!"

"A notícia de Mujis era assustadora, pois qualquer coisa que estivesse no caminho das dragas sem dúvida seria destruída."

Solidariedade, foi o que senti neste trecho, a escola, o lar de felicidade daquelas crianças estava por um fio, ninguém mais acreditava que ela ficaria de pé, pois nada ficaria entre a AP e o tesouro ainda mais uma humilde escolinha de aldeia.
Amei junto com Ikal e sofri quando seu coração foi partido. Vibrei junto com todos quando os alunos conseguiram após décadas o troféu de melhor desempenho artístico. Me senti gloriosa junto com Lintang quando ele recebeu o troféu no desafio acadêmico e como se não bastasse, “deixou no chinelo” aquele professorzinho sabe-tudo. Me ressenti quando o povo tão pobre, tão miserável, passavam fome e todo tipo de privação quando sua própria terra tão valiosa era roubada. Me assustei de verdade quando o bobão do Syahdan se fingiu de morto, aquele mentiroso...
Com estas e muitas outras histórias que este livro tão especial conta, me senti principalmente fascinada Espero de coração que todos tenham o prazer de ler, pois é uma obra que não pode deixar de ser conhecida. É aquele tipo de livro que agente lê entende de primeira, que agente ama e admira cada linha escrita, que sonha com cada sonho e ri com cada riso, um tipo de livro que vou incentivar a minha filha a ler, quando ela aprender, é claro... rsrs, por que nos faz sonhar acordados e nos ensina o que deve ser ensinado.

"Porém, a lição mais valiosa que aprendemos durante aquele tempo mágico foi... A dar o máximo possível e não extrair o máximo possível."



Muito obrigada Editora Arqueiro e Autora Andrea Hirata por mostrarem ao mundo como um livro, uma história pode nos emocionar e nos fazer sonhar.

Onde encontrar a Andrea Hirata:

https://twitter.com/Andreahirata
https://www.facebook.com/pages/Andrea-Hirata/134709517093

7 comentários:

  1. Oi Simony, tudo bem?
    Linda resenha, adorei.
    Esse livro está na minha listinha há um tempinho, e sua sinopse é apaixonante.
    Parabéns pela resenha.
    Beijos

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  2. Eu adoro livros tristes, comoventes, de ficção que parecem reais... Beijos

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    1. O livro é mesmo lindo, emociona de verdade. Pra vc ver, nem eu que sou muito fã de historias tristes, amei o livro.

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  3. cara Simony, um livro indonésio, taí algo que eu nunca li. sua resenha tocou meu coração querida e isso é tudo o que possso dizer. são livros assim e palavras como as que você dedicou ao livro que fazem toda a diferença. obrigado!

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  4. Olá. Passei para informar que estou te presenteando com o Selinho The Versatille Blogger Award

    http://gleizecosta.blogspot.com.br/2013/02/selinho.html

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  5. Obrigada amigos pelos comentários, o livro é mesmo maravilhoso, ele não sai da minha cabeça! Boa leitura a todos.

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  6. Oi
    Parabéns pela resenha, ficou nota 10
    Ainda não li esse livro, mas parece ser muito bom!
    Beijinhos
    Renata
    Escuta Essa
    http://www.facebook.com/BlogEscutaEssa
    @blogescutaessa

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Equipe Cia do Leitor